Nelore Valente

Compositores: Antonio Carlos Da Silva | Sulino

Tom: G

[Intro] G

D
Na fazenda que eu nasci
G
Vovô era retireiro
D
Em criança eu aprendi
G
Prender o gado leiteiro
C
Um dia de manhãzinha
G
Vejam só que desespero
D
Tinha um bezerro doente
G
E a ordem do fazendeiro
C
Mate logo este animal
D G
E desinfete o mangueiro
D
Se essa a doença espalhar
C D
Poderá contaminar
G
O meu rebanho inteiro

D
Eu notei o que meu avô
G
Ficou bastante abatido
D
Por ter que sacrificar
G
O animal recém-nascido
C
Nas lágrimas do seus olhos
G
Eu entendi seu pedido
D
Pus o bichinho nos braços
G
Levei pra casa escondido
C
Com ervas e benzimentos
D G
Seu caso foi resolvido
D
Com carinho eu lhe tratava
C D
E o leite que o patrão dava
G
Com ele era dividido

D
Quando o fazendeiro soube
G
Chamou o meu avozinho
D
Disse você foi teimoso
G
Não matando o bezerrinho
C
Vai deixar minha fazenda
G
Amanhã logo cedinho
D
Aquilo feriu vovô
G
Como uma chaga de espinho
C
Mas há sempre alguém no mundo
D G
Que nos dá algum carinho
D
E sem grande sacrifício
C D
Vovô arranjou serviço
G
Ali no sítio vizinho

D
Em pouco tempo o bezerro
G
Já era um boi erado
D
Bonito, forte, troncudo
G
Mansinho e muito ensinado
C
Automóvel do atoleiro
G
Ele tirava aos punhados
D
Por isso na redondeza
G
Ficou bastante afamado
C
Até que um dia a noitinha
D G
Um homem desesperado
D
Gritou pedindo socorro
C D
Seu carro caiu no morro
G
Seu filho estava prensado

D
O carro da ribanceira
G
O boi conseguiu tirar
D
O menino estava vivo
G
Seu pai disse a soluçar
C
Qualquer que seja a quantia
G
Este boi eu vou comprar
D
Eu disse ele não tem preço
G
A razão vou lhe explicar
C
A bondade do vovô
D G
Veio seu filho salvar
D
Esse nelore valente
C D
É o bezerrinho doente
G
Que o senhor mandou matar

Compositores: Antonio Carlos Da Silva | Sulino

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